Compositor: Benoît DeVilleneuve / Pap Deziel
Amiga, eis-me aqui, de volta a te escrever
De nosso novo endereço ao norte de Helsinque
Os olhos de Anna esquentam todas as minhas noites
Você sabe, foi por ela que eu vim embora
Seu amor é puro como o céu de Helsinque
E eu a amo como amamos o amor de nossas vidas
Amigo, é ótimo ler o que escreve, acredite
Pois desde sua partida, está sempre mais frio
Como se o vento de Helsinque
Soprasse até aqui em baixo
Nas minhas ruas de Paris, seus passos não mais ressoam
Eu ousaria algum dia te confessar
Que invejo Anna
Por saber cuidar de você
Amiga, só você entenderá o seguinte
Que Paris está longe, e saí da linha
Sinto sua falta, sinto sua falta
Não aprendi nada
E eu morro de tédio nas ruas de Helsinque
Anna me ama com um coração o qual não mereço
Pois sou só um farsante por fugir, eu sou o rei
Amigo, é preocupante ler essas palavras
Pois desde sua partida, pensei que morreria de frio, como se o vento de Helsinque soprasse até aqui em baixo
Nas minhas ruas de Paris, seus passos não mais ressoam
Eu ousaria algum dia te confessar que invejo Anna por saber te guardar?
Meus demônios até aqui estiveram me seguindo
Bem mais do que o frio, é o medo que me congela
Logo, em uma manhã, queimarei minha alma e a verei dormir uma última vez, com a sombra de um sorriso que não sou eu
Pois voltarei a Paris
Voltarei a meu lar
Amigo, é bom ler essas palavras
Pois desde a sua partida, eu acreditei que morreria de frio
Como se os ventos de Helsinque
Soprassem até as minhas cobertas
Pois o amor não tem rota, ele simplesmente voa
Eu ousaria algum dia te confessar que esperava essa palavra?
Caro amigo, até logo